No dia 6 de Janeiro, estarei na Biblioteca Municipal de Loures - Biblioteca José Saramago - para mais uma sessão da Comunidade de Leitores. Vamos discutir "Expiação" de Ian McEwan, um livro de que gosto particularmente e que está associado à vinda a Lisboa do autor, da apresentação que ficou a meu cargo - na Faculdade de Letras de Lisboa (Universidade Clássica) - e de um subsequente jantar numa casa de fados - que McEwan adorou.
Deixo aqui uma citação de um texto sobre este autor que faz parte de uma série de intervenções minhas, dedicadas à Literatura anglo-saxónica, intitulada "Marcas":
"(Com a publicação, em 2001 de "Expiação") ... McEwan surpreendeu todos com um livro que contém em si todas as suas preocupações habituais mas que conta uma história bastante diferente. "Expiação" é um romance contemporâneo com características singulares, um exemplo de como este género literário pode ser extremamente complexo e até erudito, mantendo, no entanto, a faculdade indispensável de estar perto do leitor e de ser reconhecido como género popular. Numa primeira leitura, “Expiação” pode passar por ser mais uma boa história para “distrair”. Ou seja, satisfaz o leitor com os ingredientes habituais: um romance familiar que refere temas como o idílio da infância destroçada, a juventude iluminada pelo amor, a paixão, a violência, a vida, a guerra, a morte, um certo “suspense”, enganos e desenganos, belas paisagens, casas de campo inglesas, lealdades e traições, nobreza de sentimentos e, principalmente, a noção da passagem inexorável do tempo. Mas quem se der ao trabalho de ler com mais atenção descobre que “Expiação” é um romance sobre o romance a começar pela citação de “Northanger Abbey” de Jane Austen, a abrir o livro."
Sem comentários:
Enviar um comentário