quarta-feira, 29 de abril de 2009

Feiras do Livro - Eu vou

Imagem : "S. Mateus e o Anjo" . A Leitura segundo Michelangelo Merisi de Caravaggio.

As Feiras do Livro - com mais ou menos "substância" - são sempre, para mim, pretextos para estar mais próxima dos livros e dos leitores. Gosto da de Lisboa, de passear pelo Parque, do calor e do vento, da vista sobre Lisboa, da confusão e do barulho, da azáfama dos editores e livreiros, do cheiro dos livros, da “angústia” de não poder comprar tudo o que gostaria, de ver a cara dos escritores e escritoras a dar autógrafos... É uma alegria encontrar amigos e amigas, ver famílias inteiras carregadas de sacos - com livros, espero - de trocar impressões e informações. Este ano vou estar na de Lisboa, em duas ocasiões e com duas missões: no dia 14 de Maio, às 18:00 h, convidada pelos Booktailors, para falar sobre Comunidades de Leitores com a Filipa Melo e a Conceição Caleiro. Duas grandes dinamizadoras da Leitura, cuja companhia me agrada muito. Creio que haverá mais um convidado mas ainda não sei quem será.

Em seguida no dia 16 de Maio, às 15:00h, no stand da Quetzal/Bertrand estarei a assinar o meu livro. Com a tal cara dos escritores. Sempre quero ver como será a minha...

E vou a Évora. Em 2008 orientei uma Comunidade de Leitores na Biblioteca Pública desta cidade - um local a visitar, absolutamente - e, agora, os amigos e amigas que lá deixei tiveram o amável gesto de me convidarem para apresentar o meu livro durante a Feira de Évora. Vai ser no dia 4 de Junho, às 18:30.
Gostava de vos ver e de estar convosco se vos apetecer aparecer.

terça-feira, 28 de abril de 2009

O Criador de Letras


Recebi, de um companheiro das artes da Literatura e do Jornalismo, Pedro Foyos, um interessante livro que nos remete para um tempo recuado - mais de 3 mil anos atrás - e para um lugar a que se chamou Fenícia. Aí, o Rei confia ao seu Mestre-Escriba uma tarefa ciclópica: a de criar um alfabeto. Numa época de grandes confrontos religiosos, políticos, económicos e sociais a pressão sobre o Escriba é imensa. O Rei tem pressa porque uma tal descoberta poderá consolidar o seu poder. O Escriba, sábio e experiente, já entrado nos anos, compreende a imensidão da sua empreitada. É um livro denso e complexo com uma linguagem poética e encantatória que remete o leitor para uma época longínqua e palpitante. Foyos, como bom jornalista que é, consegue transmitir na perfeição o ambiente e os acontecimentos, dando a "ver" ao leitor o quotidiano de um universo em plena revolução.
(Sim, porque a invenção da escrita fonética poderá ser considerada como a maior de todas as revoluções. )
Para além destas indicações, percebe-se que o autor levou a cabo uma pesquisa intensiva, pelo o que as informações sobre o sagrado e o profano são aqui copiosas e cheias de mistérios por desvendar.
Neste nosso espaço - de leitores e leitoras - nada melhor do que um livro sobre o poder e o encanto da escrita.
"O Criador de Letras", Pedro Foyos, Ed. Hespéria, Lisboa, Fevereiro, 2009

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Aldina Duarte

Aldina Duarte - Foto de Isabel Pinto

Fui ao concerto da Aldina Duarte, "Mulheres ao Espelho" , há dois dias, na Culturgest, em Lisboa.
E foi maravilhoso. Sou uma leiga em relação a Fado, tenho sérias dúvidas quanto à cultura do Fado - as mulheres sofrem, esperam e desesperam, são abandonadas, violentadas, escorraçadas e os homens são marialvas, malandros e muito pouco amigos e/ou companheiros - mas a Aldina é esplendorosa com uma voz poderosa, uma simplicidade desarmante, um pathos devastador. E uma grande coragem. Esteve sempre em palco - despojado, limpo - com os seus músicos, os seus gestos comedidos e elegantes. E um sorriso deslumbrante, uma presença física que enchia a sala. (Sala apinhada e em silêncio, no final explodindo em aplausos calorosos ).
Conheço a Aldina e ela tem lugar de destaque aqui, neste espaço, uma vez que é nossa companheira de leituras, na Comunidade. (E quanta gente lá estava, dos leitores da Culturgest, a apoiarem e a vibrarem com a Aldina!). Aí, é possível apercebermo-nos de quão inteligente é esta mulher com uma personalidade forte, uma grande cultura, enorme sensibilidade e sem quaisquer tiques de vedeta. Outra característica a favor dela: é genuína, um pouco selvagem, diz o que tem a dizer sem "cartas na manga". Algo que transparece na sua grande Arte.
Por isso, VIVA a ALDINA

E tomem nota:

No próximo Domingo é a antestreia do filme ALDINA DUARTE – PRINCESA PROMETIDA
NO INDIELISBOA’09 com realização de Manuel Mozos, uma produção da Midas Filmes. Na secção IndieMusic, no domingo, dia 26 de Abril, às 21h45, no Cinema São Jorge, na sala 1.

De acordo com o press-release :
É um retrato da figura única que é Aldina Duarte, senhora-menina, fadista por convicção e amor. Traçando o seu perfil, desvendando a sua personalidade, viajando com ela através da sua cidade, Lisboa, pelos locais que lhe são mais queridos e que ela tão bem conhece, expondo-se livre e aberta, generosa e viva, inocente mas sábia, com a frontalidade e certa malícia cheia de pudor e respeito que tão bem a caracterizam.
Para o filme foi gravado um concerto de Aldina Duarte na Sala das Batalhas do Palácio Fronteira, em que Aldina foi acompanhada por José Manuel Neto na guitarra portuguesa e Nuno Miguel Ramos na viola.
Uma produção Midas Filmes com o patrocínio Câmara Municipal de Lisboa, FNAC e Roda-lá Musiceste e teve o investimento do FICA - FUNDO DE INVESTIMENTO PARA O CINEMA E AUDIOVISUAL.

Para mais informações contacte
Marta Fernandes
MIDAS FILMES www.midas-filmes.pt
Tel/Fax + 351 213479088 Mob + 351 919466309
Praça de S. Paulo, 19, 2ºE 1200-425 Lisboa PORTUGAL

domingo, 19 de abril de 2009

Samuel Beckett


Quase um mês sem escrever, aqui!
E não é hoje que recomeço...
Mas quero deixar uma chamada de atenção para a leitura de um texto que vem no último número do The New York Review of Books sobre a publicação da correspondência de Samuel Beckett. Deixo o link http://www.nybooks.com/articles/22612 para consulta. Aproveitem porque dentro em pouco sairá da net.
É uma boa leitura de Domingo.