sábado, 17 de setembro de 2011

Hildegard von Bingen


E porque hoje é dia 17 de Setembro, aproveito para lembrar uma mulher extraordinária : HILDEGARD von BINGEN, filósofa, mística, compositora, poeta, que morreu há 932 anos no Mosteiro de Rupertsberg.

"A Hildegarda de Bermershiem – ou Hildegard von Bingen, ou a SIBILA do RENO, como ficou justamente conhecida – são atribuídos muitos adjectivos dos quais “luminosa, arrebatadora, surpreendente, sábia,... inspirada, visionária, santa” são apenas alguns entre os inúmeros encómios que fizeram dela uma das mais fascinantes personagens da Idade Média.
Apesar da sua vida ter sido amplamente discutida, as suas visões minuciosamente analisadas e a sua obra musical cuidadosamente divulgada, o livro “Música Escarlate” de Jean Ohanneson é especialmente revelador por desvendar as extraordinárias aptidões de uma mulher, num tempo considerado de obscurantismo e de “trevas”. E numa altura em que as religiões mostram a sua face mais extremista, a vida de von Bingen surge como um exemplo e como uma iluminação. Ohanneson, que levou dez anos para escrever este livro, depois de uma quase clausura em bibliotecas e uma exaustiva consulta de arquivos, foi educada na fé católica e trabalha com afinco no campo das ideias, desenvolvendo esforços para uma melhor compreensão da liberdade humana, focando essencialmente a espiritualidade e a sexualidade bem como o papel da mulher na Igreja e sociedade contemporâneas."
Se estiverem interessadas(os) em ler o resto, vão até www.storm-magazine.com O texto está logo na capa.
A Vida de Hildegard von Bingen, A SIBILA do RENO, no livro “ Música Escarlate” de Jean Ohanneson

Lembrando Clara Schumann


Estou a dar os "toques finais" - espero que não sejam os "toques a finados" - no meu livro dedicado às mulheres E já que estou em maré de histórias dedicadas a este tema, aqui vai o meu contributo do dia: CLARA SCHUMANN, que nasceu em Leipzig, Saxônia, a 13de Setembro de 1819 ( Morreu em Frankfurt am Main, a 20 de Maio de 1896) e foi uma extraordinária pianista e compositora romântica alemã. Era casada com o também compositor Robert Schumann. Aprendeu a tocar com o pai, Friedrich Wieck; a mãe, Marianne, era também uma excelente música e dava concertos. Quando Clara tinha 4 anos, os pais divorciaram-se e Friedrich ganhou a custódia da menina. A partir dos 13 anos desenvolveu uma brilhante carreira pianística, apresentando-se em vários palcos pela Europa. Aos 14 anos, começou a compor o Concerto para piano em lá menor, que foi apresentado quando ela tinha 16, sob a regência de Felix Mendelssohn. Destacou-se também pela interpretação de compositores românticos da época, como Chopin e Carl Maria Von Weber.
Depois do casamento, Clara e Robert começaram uma longa e proveitosa colaboração. Clara continuou a compor, mas a vida em comum era complicada, pois ela foi forçada a interromper a carreira por diversos períodos, devido aos oito filhos que foi tendo. Apesar de Schumann, pelo menos aparentemente, encorajar a sua criação musical, ela abdicou muitas vezes de sua carreira para promover a do marido. A situação era agravada por várias diferenças entre o casal: Clara adorava viajar e tocar em várias capitais, Robert odiava; ele precisava de silêncio e tranquilidade para praticar, ela tinha os filhos e acabava por se colocar em segundo plano; e Robert sofria de constantes crises nervosas que obrigaram Clara a assumir as responsabilidades familiares sozinha. A pior crise de sua vida aconteceu quando Schumann entrou em depressão crónica, o que obrigou a família a interná-lo num manicómio, onde ficou por dois anos, até sua morte. Após 14 anos de casamento, Clara ficou sozinha com os filhos, tendo que dar aulas e apresentações para sustentar a família.
Em 1878 foi indigitada para o cargo de professora de piano no Hoch Conservatory em Frankfurt, onde se conservou até 1892 e onde se distinguiu como um dos poucos compositores - com Joseph Joachim - que se tornaram virtuosos e "tocavam na sua qualidade de compositores". Para além de ser recordada como grande artista, foi, também, uma autoridade como editora do trabalho do marido.